MEC esclarece polêmica sobre fim da obrigatoriedade de licenciatura no ensino médio

Profissionais com notório saber poderão dar aulas apenas na formação técnica e profissional.

Em 03/10/2016 12h37 , atualizado em 10/03/2025 12h03

Professora em sala de aula faazendo alusão ao fim da obrigatoriedade de licenciatura para dar aula no Brasil.
Profissionais sem licenciatura também poderão dar aulas no ensino médio.
Crédito da Imagem: Shutterstock
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Desde que a Medida Provisória (MP) nº 746, de 22 de setembro de 2016, conhecida como MP do Novo Ensino Médio, foi aprovada, várias discussões tomaram conta das redes sociais e escolas. Uma delas se refere ao suposto fim da obrigatoriedade do diploma de licenciatura para dar aula.

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A polêmica está na adição de um inciso no artigo 61 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que determina quem pode ser considerado profissional da educação escolar básica. Veja o que diz o inciso:

IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação para atender o disposto no inciso V do caput do art. 36.

Antes desse inciso, eram considerados profissionais da educação básica apenas formados em Pedagogia e cursos de licenciatura, além de habilitados ao nível médio para a docência. Agora, profissionais de todas as áreas podem dar aula no ensino médio.

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Fim da obrigatoriedade de licenciatura no novo ensino médio atualmente

Após a implementação da referida Medida Provisória, a formatação do ensino médio recebeu outras propostas, passou por diferentes governos até que, em 2024, o governo Lula sancionou a última versão do Novo Ensino Médio, até então. O reconhecimento do notório saber, inclusive para profissionais com trajetória exclusiva da rede privada, continou sendo critério aceito para a contratação de professores.

Saiba mais sobre o Novo Ensino Médio

Conforme o MEC respondeu, ainda em 2016, a medida “visa valorizar a prática em determinada área técnica, como já acontece em vários países do mundo e, no Brasil, já é utilizado, por exemplo, pelo Senai”. Como exemplos, o MEC diz que um engenheiro poderá dar aula no curso de Edificações e, um analista de sistema, no curso de Programação de Software.